Postagens

Mostrando postagens de maio 13, 2012

Alguma Morte Prevista

"Mundo, desculpa aí. Vou ter de pedir pra descer?" É certo que na fuga incorro o esquecimento. Não escapo de umas contas medíocres, uns adiantamentos. Só que já era de esperar uma derradeira chance de insistir ou, como foi, poupar repetidos solfejos. Gostei da... brincadeira... Não que eu tenha exatamente gostado, é que o lado facultativo é considerável e, eu acabei ponderando as impressões. Não foi de todo dispensável amar essa... ufff, filha-da-puta. Gostei do que vivi e muita coisa foi boa enquanto durava. Só isso! Vamos ao que interessa: eu te amo. Desculpe... isso soa tão mal por aqui, eu sei. Na verdade houve um erro no pretérito: eu te amei. Não por nada, mas foi foda. Te amei e alcancei o limite. Incluindo dos prazeres e pecaminosos. E não poderia ter sido de outra forma: foi intenso e, sendo extremamente barroco, bem degustado. Eu experimentei todas formas de gozo. Explorei todas tuas possíveis variações. De humor à ciências e posições... E estratégicas! Bem como

Chuvinha

Chove. Três e quarenta da manhã, a água não hesita em se lançar pra todos os lados com a ajuda do resquício do vento que não deu as caras durante o dia e há boas passagens se foi. Os pisos externos são inundados e se for pensar bem, apesar da poluição do ar inibir possibilidades de higienização, eles estão até sendo limpos. Bem que o Giovanni disse que a previsão em São Paulo era de chuva. Eu só iria descobrir quando acordasse. Mas não consegui dormir até agora. Não foi culpa minha. Acho que o Eno foi mais eficaz na desrregulagem do horário do que no ajuste do bem-estar estomacal. Agora, só penso no que não deveria pensar. "O que se faz quando não se tem o que querer pensar?" Chego a considerar a necessidade de fazer alguma coisa, sei lá, talvez algo típico de alguém que está sozinho. "Mas, o que uma pessoa sozinha geralmente faz?" Eu deveria saber, afinal passo a maior parte do tempo divagando sob uma extensão de retiro recorrente. Como alguém que preza a integri

Sentido Temporal

Sobre casualidade. Sobre encontros. Em fluxos intensos. Entre pessoas. Rotas inesperadas e, talvez, algum tipo de... recomeço. Caminhos cruzados e coincidências felizes podem ou não fazer parte, existir. Sem lágrimas ou tristezas... Sem finais, só um início ou com sorte o meio dos percalços e, quem sabe, até o fim. Nada depressivo. Nada tão diferente, nada tão longe do real. Corriqueiro. Resolvo excluir o plural, afim de linhas mais claras para compreensão do que foi um conflito. Quando o que restou do que não foi o bastante para um reinício, nem mesmo o sangue derramado importou. E um milagre não aconteceu. Nada aconteceu. Nem antes nem depois dos tropeços e das colisões. Ninguém se comoveu. Nem poderiam. Só nós sabíamos... Ainda assim algo distante do perceptível lutava para um ajuste. Lutávamos por qualquer coisa, por uma razão. Por um motivo, porque precisávamos. Pra continuarmos de pé. E seguir. Até a próxima esquina escura. Até que tropeçássemos novamente. Até que... Uma