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Mostrando postagens de agosto 14, 2011

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Quantas palavras eu não precisei dizer, antes que você decifrasse tudo o que não esperava tão cedo dizer-lhe... Quem soube onde estiveram essas verdades todos estes anos em que vivi mentindo para o meu coração e, sem saber, sofrendo por querer. Quantos gritos eu ainda estaria disposto a ouvir ecoar pelas paredes escuras no meu quarto, solitário, antes de perceber que você não os pode ouvir... Ainda que eu estivesse cego pelo sofrimento, não poderia suportar viver em recorrente angústia, sabendo que estaria de mim desacompanhado por todas as noites nestas ruas iluminadas. Não é tempo de distração. Eu apenas digo as palavras certas quando ouço o som lunar de um escritor a cantar, recitando o poema: ama-me da forma que eu preciso sentir. Digo o que devo dizer e é quando ouço mais uma vez um tom diferente dos que sempre estive ouvindo. Talvez seja mais simples do que eu imagine, talvez   você estivesse todo este tempo, em vida, matando minha morte. Quem sabe esteve, você, perma