Alguma Morte Prevista

"Mundo, desculpa aí. Vou ter de pedir pra descer?"

É certo que na fuga incorro o esquecimento. Não escapo de umas contas medíocres, uns adiantamentos. Só que já era de esperar uma derradeira chance de insistir ou, como foi, poupar repetidos solfejos.
Gostei da... brincadeira... Não que eu tenha exatamente gostado, é que o lado facultativo é considerável e, eu acabei ponderando as impressões. Não foi de todo dispensável amar essa... ufff, filha-da-puta. Gostei do que vivi e muita coisa foi boa enquanto durava. Só isso!

Vamos ao que interessa: eu te amo. Desculpe... isso soa tão mal por aqui, eu sei. Na verdade houve um erro no pretérito: eu te amei. Não por nada, mas foi foda. Te amei e alcancei o limite. Incluindo dos prazeres e pecaminosos. E não poderia ter sido de outra forma: foi intenso e, sendo extremamente barroco, bem degustado.
Eu experimentei todas formas de gozo. Explorei todas tuas possíveis variações. De humor à ciências e posições... E estratégicas! Bem como meus desejos expressos em manifestações sentimentais, até romanticas, eu diria. 
Tanta intensidade que chego a crer ter engolido teus pedaços, sem degluti-los. Chupei tua boceta, fodi teu cu, sem sentir o sabor de frutinhas vermelhas, sem sequer tomar consciência de que existiam sabores. Alem do gostos misto de sangue e taninos de sua boca. Não é necessario uma grande capacidade analítica para suspeitar que talvez tenha sido intensidade demais. Exagerada até para um ser humano intolerante ao pudor. Talvez porque meu cérebro, reduzido a ordenar bombadas, não tivesse tempo suficiente de se oxigenar. Vamos! Sem parar! Ahhh, espera um pouco! Preciso respirar. Que nada - e lá vamos nós de novo! E o romantismo que se fodesse. Você me puxava os cordões. Eu desfalecia. Te beijava. Você tinha nojo? Não. Pressa. Eu insistia. Você mudava de posição ou suportava meus lábios nos seus sem querer descobrir que gosto tinham. Eu te direi. Era gosto de adeus. Você não sabia,,,,,, não sabia que eu tentava te amar mais. Se abria. Apenas. Sem ensaios. Se abria. Eu, compenetrado, penetrando. Num doentiu ensaio sobre a frenesi, desistia, caía. Você insistia. Muito bem, você sempre conseguiu o quis. Até mesmo agora, posso estar jogando no seu jogo. "Quem sabe..." Pois fique sabendo mais! Que  mesmo se fosse eu a engolir um caralho nu em pêlos, daria de quatro com tua pose infernal, filha-da-puta! Só de falar meus olhos tremem e meu calção suspira. Mas foda-se, eu sei que há tempos deixei a delicadeza de lado. Lexico, não leio bem em voz alta mas sei muito sobre roromantismo. Ele não funciona sobre pressao nem contra o frio. Você que tinha muita sensibilidade! Esse sempre foi teu ponto fraco.
Nunca era hora de parar, tadinha, tão sesível. Tanta sensibilidade, tanta pressa. Hoje, também tenho. Lamentável. Não importa - Ainda que eu te ame e me envergonhe disso tudo, foda-se.

Há tanta sutileza na ambivalencia de suas coisas, que eu prefiro ficar amarrado ao conhecimento, a razão, que nos mata uma eternidade imaginária tão pouco provavel quanto impossivel. Claro que não a mesma que você me apresenta em duas partes e com uma escuridão no meio - no ponto onde eu deveria estar! Filha-da-puta! Você não me entendeu nunca. E eu já não quero te entender. To cagando pra o que você acha. Te ouvir ou tentar entender sempre me ocasionou perda de neurônios. Perda de tempo. Tenho pressa. Você não sabe o peso das coisas, mesmo as que tu, sem consciência, fez, disse, simulou. Mas eu já te falei: foda-se. Meu pau pra você! Pode ficar com esse caralho! Porque o que me resta agora sem você é foder com as palavras. E pra isso, não vou precisar do tesão, de um órgão sexual e muito menos do seu corpo! Agora, pra excretar a porra eu só preciso me lembrar da basbaquice, da perda de tempo que tu idolatra. Fica com esse caralho. Enfie no teu cu! Também já não quero coisa alguma. Só quis você mas nunca tive, não tenho e não terei. Obrigado. É algo bom: estou liberto. Da putaria dum coração enlaçado por uma mísera vontade incompartilhada.
Tenho pensado em fazer o que gosto, sem uma maldita e injusta desaprovação tua. Desde sempre, é a verdade. Faria diferença se houvesse força de vontade mais do que pensamento.

"Mermão", chegou o momento de parar. Ter me aberto com você facilitou muito minha escolha em relação a imagem que terei dela, aquela safada nociva. Posso muito bem viver com o nome sujo, agora. Sei que ainda nos veremos outra vez, mas em posições diferentes. Ao contrário do que sempre foi, não estarei em desvantagem.
E agora? Ah, agora sumir é uma boa. Sumiremos um de perto do outro. Porque toda aquela historinha de criança, em que amor eterno existe, e todo conflito tem um final feliz, não faz mais sentido. Certo, um pouco de conforto, mesmo que seja um "confortinho", também não seria mau.

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