Definindo o verbo


Estou perdida, preciso ser sincera, de mim para mim mesma, não sei o que eu faço comigo. Não sei qual é a melhor coisa a ser feita, a escolha derradeira. A próxima estação. Não sei identificar possíbilidades exatas, enxergar os caminhos - e eu preciso de um. Não quero correr depressa demais numa estrada desconhecida e arriscar acidentes, mais cicatrizes. Também não quero me frear no ímpeto do surgimento de um sonho. Não quero errar mais uma vez, mas não é por medo. É porque quero ecertar de uma vez por todas.
Lembrar do que não deu certo antes é como tem sido até então. Não. Eu não quero mais disto! Antes, eu preciso encontrar algo à que me entregar, de forma que seja como estivesse entregando-me à mim mesma. Só preciso ter a sorte de uma vitória. Definitiva. Disparar quando houver mirado um alvo. Uma vitória da qual eu possa me vangloriar, ter o sentimento de pertencimento. Estar diante dos grandiosos! Nunca estive assim, precisando me afirmar com tamanha honestidade, descomedida.
Não estarei por nenhum momento a mais ausente da minha causa, 
Não repetirei complexidades fracassadas, não quero me repetir em nada, não quero voltar.
Mas quero evidências. Quero atacar minha alma no ponto em que a resistência da sabotagem me alcança a aflição, e excluir seus rastros com sua própria capacidade de me asfixiar. Quero me renovar.
E não precisar me preocupar com o que serei. Sem me preciptar, nem pré-projetar passos.
Não quero não querer viver o que preciso pra descobrir o que importa: crescer e poder dizer "Eu Sou Isso!".

 Pulsão e Devaneios
  "Regine Solav"

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