Pessoas animais - Doses e tragos

Algumas vezes eu odeio pessoas. Outras não tanto menos odioso, lamento profundamente sua desprezivel existência.
Tem gente que não deveria ser gente. Tem bicho mais capacitado a viver em sociedade que alguns "humanos". Acho inclusive, a convivência entre alguns animais bem mais madura do que a que tenho com algumas pessoas.
Não que seja necessário um extermínio em massa (por mais divíno que fosse o milagre), bastaria calarem suas bocas santificadas, deixarem de aparecer quando não são convidados e não insistir em fazer parte da vida de outros. "Animais são mais corretamente sociáveis que boa parte das pessoas".
Ter de ouvir sobre assuntos que não me interessam, opinar sobre ideais de perplexidades narcisistas vazias, suportar todos os incômodos (poços sem fundo), diversas vezes estender a paciência à limites surreais forçando um auto-controle impossível; calar boas verdades em alto e bom som pela possibilidade de soar incompreenssível beirar percentagem razoável... Não, eu não seria tão irracional. Mas existe a possibilidade de um dia eu ter de explodir em agressão - e meu corpo vai junto me socorrer nas bocas ensanguentadas, quebrando dentes, inchando olhos cegos, criando novas dívidas carmáticas... Um dia desses, derrepente, eu posso estar com dor de cabeça, eu posso ter fumado pouco ou ter fumado muito, e aí, não não vou lembrar de ser racional, ter paciência, praticar o cardecismo, suportar o trajeto até o ponto final - minha cama de paz.
É um aviso a sociedade. cuidado comigo. cuidado comigo no transito, cuidado comigo, nas ruas, cuidado comigo nas lojas e bares. Muito, mais muito cuidado comigo se eu estiver esperando alguém, se eu estiver numa fila ou dividindo meu resto de paciência humana no mesmo espaço que qualquer outro.
E enfim, me segurar pra não sair socando a cara de neguinho e neguinha afora, pode repercutir numa necessidade de manifestação literária. Mesmo que pequena e insignificante como esta. Pero, aconselho certa distancia da tua para a minha pessoa. E boa sorte. Vou continuar aqui, com o cachimbo e tabaco, absinto e cola, limão e vodca. Assim eu esqueço dos que me enojam.

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